E tudo começou assim


Conheci a linguagem Basic aos meus 14 anos de idade num MSX Gradiente Expert XP-800, que um amigo ganhou em um sorteio na TV. E como computador naquela época era raridade, ficávamos na fila para tentar descobrir como diabos aquilo funcionava. Fóra ligar na tomada e acender a tela de fósforo verde, a única coisa que aparecia era um prompet piscando. Mas logo apareceram as primeiras linhas de códigos vinda da dimensão X, e linhas, círculos, retângulos e caracteres começaram a rasgar o fósforo verde nus mostrando pela primeira vez uma pontinha da MATRIX (a propósito, X não quer dizer internet, ela chegou ao Brasil algum tempo depois).



Mas voltando a realidade... Nos primeiros cursos de introdução a informática, Fui apresentado ao dBase e Clipper, uma linguagem de programação voltada a banco de dados com sintaxe similar ao Pascal ou Delphi, e com resolução de tela de 80 x 25, aonde eu nunca consegui fazer absolutamente nada, pois me recusava devido a raiva da baixa resolução. E talvez pela pouca idade, eu não dava a mínima para as pessoas que queriam entulhar aquele monte de dados em arquivos separados para depois ficar juntando como se fosse um quebra cabeça só para imprimir uma nota fiscal. (“Tabelas... e eu com isso ?”).
Mas o tempo passou, e um dia, em uma empresa onde eu trabalhava com manutenção de impressoras, passei em frente a uma sala nas dependências, estava com a porta entre aberta, eu vi algo que me chamou a atenção, tal como aquela tachinha que colocaram na sua cadeira na quarta serie. Havia uma pessoa sentada frente a um Pentium 100Mhz, usando um aplicativo para mim ainda desconhecido. E próximo estava meu chefe. A curiosidade não me permitiu ficar parado. Fui interromper e descarregar minha metralhadora de perguntas sempre tão bem carregada e lubrificada.
Tratava-se do VisualBasic 3.0. O mais recente lançamento da Microsoft para alavancar o desenvolvimento de aplicativos para Windows. Já que programar me C/C++ sempre foi e sempre será um “C++”.



A partir daí reencontrei o sentido da vida (se é que programador tem vida). E como primeira providencia, tratei de fazer uma copia para mim. E em seguida, fui atrás de material didático (algo em torno de 9 fitas VHS) para desta vez estudar realmente o Basic. Passei pela verção 3, 4, 5 e 6 mas me recusei ao .Net. Ao meu ponto de vista estava se tornando um elefante branco e gordo. Grande demais para fazer coisas simples e complicado demais para fazer coisas complexas.
Na busca de uma alternativa, me deparei com várias opções que, quando agradava a gregos, não a troianos. E como estava disposto a abandonar o VisualBasic por uma solução multe plataforma, fui testar:


  • C++ - Não me dou bem com a sintax. O cuidado para Mult Plataforma é quase exagerado.


  • Gambas - Linguagem interpretada, lerda e instável e quase orientada a objetos. Quem sabe daqui a alguns anos.


  • JAVA - Linguagem “meramente” acadêmica, desenvolvida em 1991 pela Sum para rodar em torradeira e fornos de microondas, mas que hoje precisa de processadores quânticos. É interpretada por uma VM que é maior que VbRun.dll do .Net . Entretanto, Dicotomicamente funciona bem nos servidores web.


  • Delphi - Não testei, não tenho coragem, e você não vai consegui mudar minha opinião. E sei que (através de inúmeros fóruns) o Kylix não funciona direito no Linux.
Dentre idas e vindas, me deparei com o RealBasic. Uma IDE agradável, leve, rápida, simples e intuitiva. E estou trabalhando com RealBasic a quase 3 anos, e não sei o que falar sobre ele. Pois é tudo de bom.
O RealBasic é totalmente orientado a objeto entretanto, mantém características procedurais, para coisas simples, Trabalha com imagem de uma forma sem precedentes, tanto 2D quanto 3D. Pode acessar qualquer Banco de dados. Tocar som? De todos os tipos! Como tudo são classes, você pode criar Sub classes de qualquer coisa, reduzindo código e aumentando performance (por ex. se o botão não tem o método Push, coloque-o rápido e sem dor.). AS classes de redes são completíssimas, é espantosamente simples transmitir uma imagem de um PC para outro via Suket. E como é fácil fazer Menús, com imagem, popup, no taskbar e etc.
O RealBasic pode compilar aplicação para Desktop, Console (a tela preta q os seguidores dos pingüins adoram), Serviços (aplicação que roda oculta com certas prioridades) e Event Driven Console (ainda não explorei este). E, o que é o máximo, ele compila tudo isso para Windows, Linux E Mac, só com um único clique.

Partindo daqui, irei colocar comentários mais específicos sobre o RealBasic, códigos e macetes, bem como disponibilizar alguns fontes.

Aqui vai um Screenchot de(acredite você ou não) um ListBox do RealBasic que eu Personalizei.

Nenhum comentário: